sábado, 3 de novembro de 2007

Livro: A Arte dos Videogames

O site Gameblog, que está divulgando o livro, fez um esclarecimento dizendo que ele não estará disponível em bancas. Só pode ser encomendado através da Editora Europa e, após o lançamento, em algumas livrarias (ainda não há a relação delas). Eu já encomendei o meu :D.


Edge apresenta "A Arte dos Videogames"

A Arte dos Videogames é um livro de 204 páginas que reúne, em material de luxo (capa dura, papel de qualidade, impressão impecável), ilustrações, artes conceituais, esboços e imagens renderizadas de mais de 45 jogos, incluindo God of War, Resident Evil 4, Unreal Tournament 3, Metal Gear Solid, Okami, Halo, Gears of War, Half-Life 2, World of Warcraft, Super Paper Mario, Tomb Raider, Shenmue, Silent Hill, Prince of Persia, Devil May Cry, BioShock, Burnout e Heavenly Sword. Além das belíssimas artes, o livro traz depoimentos dos artistas e designers por trás dessas obras, revelando os segredos da criação de jogos.

O livro é fruto de uma parceria entre a Editora Europa e a britânica Future Publishing. Publicado originalmente como The Art of Videogames, como edição especial da respeitada revista Edge, o livro foi adaptado para atender às demandas do público brasileiro, oferecendo informação e entretenimento para jogadores, ilustradores, animadores, designers de jogos ou, simplesmente, apreciadores de artes.

O lançamento está programado para o início de novembro, mas quem quiser reservar já a sua cópia, pode clicar aqui.

Saiba mais sobre o livro assistindo o vídeo abaixo:


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Review: Sonic Battle

Mais uma análise. O grande mérito deste jogo foi manter o dinamismo característico da série, mesmo em se tratando de um jogo de luta. As batalhas agradam pela rapidez ao mesmo tempo em que envolvem uma certa estratégia, além disso, é muito legal vermos o nosso robô evoluindo a cada combate. O game é imperdível, principalmente para os fãs de Sonic.

Sonic
Battle
Console: Gameboy Advanced
Categoria: Luta



Pontos positivos
+ Há diversas opções para o jogador montar o seu lutador.
+ Bom número de personagens, todos diferentes entre si.
+ O desenrolar da história agrada.
+ Continua atrativo mesmo depois de terminado.

Pontos negativos
- O modo “Challenge” é um tanto inútil.
- A dificuldade para obter novos “chips” é grande.


Geral: 9
Som 8
Gráfico 9
Jogabilidade 8,5
História: 10


Sonic é um título que se destacou pelas suas aventuras dinâmicas em alta velocidade, desde o seu lançamento para o Mega Drive em 1991. Contudo, depois que os jogos de luta, como Street Fighter e Mortal Kombat, começaram a fazer sucesso, Sonic embarcou e lançou um game da categoria sob o nome Sonic The Fighters (Sonic Championship). No entanto, não fez sucesso.

Sonic Battle, do Gameboy Advanced, veio com a difícil missão de “reciclar” a idéia anterior e inovar em um grande jogo. Acredite ou não, eles conseguiram! O game é totalmente diferente do seu antecessor. Aqui foi feita uma mistura de RPG com jogo de luta, sendo que você tem a oportunidade de personalizar o seu próprio lutador.


Prepare for Battle!


O jogador tem a sua disposição 5 opções de jogo: Story Mode (falo desse mais adiante); Battle Mode, onde você joga uma batalha simples de acordo com as suas regras; Challenge Mode, no qual você joga uma série de batalhas em seqüência; Training, para conhecer os golpes dos personagens e se habituar com a jogabilidade; Minigame, que possui joguinhos, como, por exemplo, o clássico de Windows: Campo Minado.

É claro que o grande barato é o Story Mode. Nele você vai jogando com cada um dos principais personagens da série Sonic, a começar pelo próprio, chegando a controlar inclusive vilões, como Shadow e Rouge. A sua importância começa a partir do momento em que o desenvolvimento nele determina a liberação de mais minigames e de personagens a serem usados no Battle Mode e no Challenge Mode.

É no modo Story que o jogador personaliza o seu lutador. Logo no início do jogo, Sonic encontra Emerl, um robô que tem a habilidade de aprender golpes e estilos de outros lutadores. À medida que Emerl participa das batalhas, ganha “chips” de quem estiver envolvido na luta, que nada mais são do que golpes a serem computadorizados pelo robô. Já o tipo de golpe é aleatório, portanto, você deverá contar também com a sorte para conseguir bons golpes para o seu robô. Como nem tudo é uma maravilha, este é o primeiro ponto negativo que posso apontar: você pode ficar tempos e tempos sem conseguir o chip que quer e ganhar vários repetidos, portanto, será preciso muitas batalhas e muita paciência por parte do jogador.

O modo Challenge é outra questão que poderia ter sido bem melhor aproveitada. Você não ganha absolutamente NADA vencendo ele. A idéia aqui é puramente bater records. Talvez o “Virtual Traning”, que é liberado após o término do jogo e tem a estrutura do Challenge, tenha vindo justamente para compensar essa falta. Ele é bem mais complicado, mas o jogador é recompensado com chip no final.

Por outro lado, a jogabilidade é boa, embora seja difícil de aprender no início. Uma das dificuldades (positivas) trazidas ao jogador é o fato de cada personagem ter golpes e características próprias. Nem mesmo Sonic e Shadow, que em muitos jogos só trocam de pele, são iguais aqui. A cada personagem que controlar, você terá que se adaptar a um novo estilo de luta e decidir onde cada golpe especial fica melhor alocado. Além de evitar que o game fique cansativo, proporciona ao jogador uma imensa variedade de opções para montar o seu lutador.


Um pouco da história


Pelo fato do game misturar certos elementos de RPG, houve uma preocupação em fazer uma história bem elaborada. Tudo gira em torno do robô achado por Sonic: Emerl. Logo Sonic e seus amigos descobrem que ele possui a habilidade de copiar os movimentos dos outros e que fica mais forte ao obter uma Esmeralda do Caos, assim, Sonic vai em busca delas para ajudar Emerl e, ao mesmo tempo, acabar com os planos do Dr. Robotnick. Por conta disso, o estranho robô acaba sendo objeto de desejo de outros personagens do jogo também, que o usam para interesses próprios. Desta forma, você vai jogando o modo Story com o personagem que estiver na posse do robô, pois o enredo é cheio de reviravoltas nesse sentido, contando também com cenas divertidas e alguns mistérios, como o dito “Jornal do Professor Gerald” (Prof. Gerald’s Journal). Ele esclarece alguns pontos deixados em branco pelo jogo, como a origem de Emerl e de Shadow, contudo, ele é liberado para leitura somente se o jogo for zerado duas vezes.
Como podemos ver, não há como não gostar da história. Ela é tão legal que uma parte do anime Sonic X é sobre ela.


Gráficos na medida certa


O
jogo foi feito em 3D, mas seus gráficos não são poligonais como o seu antecessor, eles são bem parecidos com os da série Sonic Advanced. Isso acabou sendo muito bom, pois um exagero nesse quesito poderia acarretar uma queda do rendimento e tornar o jogo pesado, tendo em vista que o game permite até 4 lutadores simultaneamente na tela.

Visualmente, o jogo parece um desenho, lembrando, em muitos momentos, o anime Sonic X (principalmente na mudança da feição dos personagens). Até mesmo na tela inicial podemos ver pela construção das letras que essa técnica foi observada. Isso deixou o jogo mais atraente e deve agradar a grande maioria dos jogadores. O mapa é a minha única reclamação, a parte de Holy Summit não parece ter qualquer textura, acredito que poderia ter sido melhor detalhado.


Sobre os sons


Os sons, de modo geral, são muito bons. Tem som em tudo que você possa imaginar e de forma diversa, basta ir ao options e conferir que são quase 200 sons diferentes. Um ponto legal é que o jogo conta com vozes também. Elas ocorrem logo antes de começar a luta (como uma espécie de provocação do personagem) e durante a maioria dos diálogos. É verdade que não há muita variedade e nem sempre elas se encaixam bem nas conversas, mas era para ser desse jeito mesmo, segundo o que parece ter sido a opção dos produtores e a capacidade do console. As vozes não necessariamente reproduzem o que o personagem está falando (isso aparece por escrito), e sim a sua reação. Já a música poderia ser um pouco melhor. Isso não significa que seja ruim, só não está à altura dos outros títulos da série. Algumas músicas são boas, outras nem tanto. Ao menos as dos cenários de batalha poderiam ser melhores e mais empolgantes.


Conclusão


Po
rtanto, seja você fã ou não da série Sonic, vale a pena uma conferida nesse título. Mesmo depois de terminado o jogo, você ainda poderá ficar um bom tempo jogando, a fim de conseguir todos os golpes e destrancar segredos. Sem contar que o game é totalmente prol multiplayer, assim, você pode se divertir com até 3 amigos jogando um dos minigames ou uma batalha acirrada. Não tenho dúvidas de que Sonic Battle é um dos jogos mais bem feitos para Gameboy Advanced.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Day of Defeat Brasil League - DBL

Começa nesta terça-feira a Day of Defeat Brasil League, um campeonato brasileiro de DoD: Source. Em resumo, a liga é formada mais ou menos como no futebol. São duas divisões distintas e independentes: Elite (1ª) e Livre (2ª). Os dois últimos da Elite são rebaixados para a Livre, enquanto os dois primeiros da Livre são promovidos à Elite, na próxima edição.

O histórico das Ligas brasileiras de DoD:S (esta será a quarta) não é nada animador, sempre deu algum problema. Particularmente, não gosto dessa forma de disputa e de certas regras colocadas, mas vamos aguardar o seu desenvolvimento para analisarmos melhor. Boa sorte aos players e admins da DBL!

Saiba mais em: http://www.dodbrasileague.com.br/

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Review: Avatar – The Last Airbender

Primeiro review que fiz na vida. Eu tinha acabado de zerar o jogo, então resolvi fazer. Alguns acharam muito objetivo. Realmente os outros que tenho são melhores, mas gosto deste assim e preferi não mudar. Garanto que quem ler o texto vai ter uma boa idéia de como é o jogo.

Avatar – The Last Airbender
Console: Gameboy Advanced
Categoria: Estratégia / Aventura




Pontos positivos:
+ A mistura entre dois estilos de jogo tornou o jogo atrativo e divertido
+
Boa jogabilidade

Pontos Negativos:
- Curto demais
- Trilha sonora e cenários fora do ideal

- O enredo do desenho foi mal aproveitado

- Nível de dificuldade muito baixo


Geral: 6
Som: 6
Gráfico: 6
Jogabilidade: 8.5
História: 4

Avatar: The Last Airbender é totalmente diferente do que eu esperava, ele é um misto de aventura com uma espécie de quebra-cabeça. Baseado no desenho de mesmo nome, você controla Aang, o Avatar. Logo em seguida, os irmãos Sokka e Katara completam o grupo. O que você faz, basicamente, é ir abrindo caminho pelas fases para achar itens ou um determinado lugar. Para isso, você contará com as habilidades dos três integrantes de seu grupo, por exemplo, Avatar pode alcançar lugares altos, Katara pode fazer uma ponte de gelo sobre a água, e Sokka pode explodir pedras. Desta forma, a sua preocupação é saber como usar as habilidades de cada um para chegar ao seu objetivo. Inclusive, em certas situações o grupo se dividirá e você controlará os personagens separadamente. O próprio jogo ajuda nesse ponto com controles fáceis de usar e um menu que diz tudo o que o jogador precisa saber. Além disso, existem momentos (poucos, é verdade) em que você enfrenta inimigos ao longo do caminho como em um jogo de aventura comum, e, ao final da fase, haverá um “chefão” a ser batido.

O jogo conta com gráficos razoáveis. O rosto dos personagens é bem feito e se parece com o desenho da TV, e alguns objetos, como caixotes e estátuas, foram feitos de forma detalhada. No entanto, os cenários não são muito elaborados, às vezes você tem a impressão de que passou pelo mesmo lugar três vezes ou que está andando em círculos. Se o jogo é tão curto, a parte gráfica poderia ter sido melhor trabalhada. O Gameboy Advanced, apesar de não ser um vídeo-game de última geração, pode mais nesse ponto.

Já os sons, depende de que som nós estamos falando. Se estamos nos referindo aos sons de combate e interação com o cenário, então o jogo foi detalhista, praticamente tudo tem som. Os golpes, seus ou dos inimigos, ainda que não acertem, têm som; empurrar um caixote tem som; as dobras do ar e da água têm som, etc. Tudo foi feito de forma adequada. Não posso dizer o mesmo da música, que é enjoativa. O Gameboy Advanced tem boas músicas em outros títulos, aqui poderiam ter tido o mesmo cuidado, principalmente porque o jogador permanece bastante tempo no mesmo local até abrir caminho e prosseguir, então acaba ouvindo a mesma música por todo esse tempo.

Essa mistura entre quebra-cabeça e aventura diverte e vicia um pouco no início, mas o game pára por aí, é extremamente curto (em apenas um dia é possível zerar) e não chega a ser um desafio. Talvez em apenas dois momentos no jogo inteiro é que você tenha alguma dificuldade, o que acaba se tornando meio monótono. A história não melhora a situação, ela é bem fraquinha. Você começa na vila do povo da água, assim como no desenho, o que dá entender que haverá uma reconstituição do que aconteceu nas telinhas, mas o que o game mostra é muito menos. Você chegará ao fim do jogo e se perguntará onde está a tal “Lenda de Aang”, pois tudo o que você viu foi uma pequena jornada do grupo por alguns vilarejos ajudando na luta contra a nação do fogo, que quer dominar o mundo. Durante a viagem, Aang parece mais um simples dobrador de ar do que, de fato, o Avatar, controlador dos quatro elementos e pré-destinado a restabelecer a paz. A exploração da história poderia ter sido bem maior, o que pode decepcionar os fãs do desenho.

Conclusão: Poderia ser melhor. Ainda que você seja o fã número 1 do Avatar, eu não lhe recomendaria a compra deste game. É muito rápido e perde totalmente a graça depois que termina. Às vezes dá a impressão de que o jogo foi feito às pressas. No entanto, ele é divertido e vale uma jogada, mas vai por mim, apenas pegue na locadora.

Textos à caminho!

Alguns reviews já estão prontos, outros estão à caminho, o problema é que eu ainda estou aprendendo a mexer no blog :D. Não estranhe se você viu alguma análise daqui em outro site, eu mandei alguns para o Finalboss e para dois sites de Emuladores (apenas esses três). Assim como fazem os sites, vou procurar manter uma padronização na formação dos textos.

Ok, ok, está no ar o Blog dos Jogos!

O objetivo deste blog é trazer algumas discussões e curiosidades relacionadas ao mundo dos jogos. Em especial, haverá análises (reviews) não só em relação aos games atuais, mas também aqueles das antigas, além de uma reflexão sobre os que, por algum motivo, acabaram ou não deram certo. Pelo fato de eu não possuir um videogame da última geração, a maior parte dos textos serão sobre jogos de PC e de consoles antigos (tive Atari, Odissey e até Tele-Jogo). Não é minha intenção mudar a cabeça das pessoas ou causar polêmica, aqui está apenas uma opinião entre muitas. Tenham uma boa leitura!