quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Review: Aztec Adventure (Master System)


Resolvi fazer um review desse jogo que deve ser desconhecido para a maioria, mas é bem legal. Eu tive acesso ao game graças à minha irmã, que pediu de aniversário há muitos anos atrás. Ela não gostou muito, mas eu adorei e perdi várias horas até conseguir zerar, hehehe. Segue a análise para quem quiser conferir ou fazer um comentário.


Lançado em 1988, Aztec Adventure é um daqueles games que se aprende lendo o manual, mas é bem divertido. Você é Niño, um explorador em busca de um paraíso azteca guardado pelo “Espírito do Pássaro de Nazca” (que imaginação do cara, heim!). Ninguém jamais esteve lá, pois o único caminho que o conduz passa por um temível labirinto, habitado por espíritos, monstros e demônios astecas. Como podemos observar, a história, pelo menos de acordo com o manual, é bem interessante. Ao menos bate uma curiosidade sobre o tal paraíso.

Na sua jornada, Niño contará com sua espada e com itens adquiridos ao longo do caminho, seja achando-os no mapa, seja da forma mais comum, que é matando os diversos tipos inimigos. O que chama atenção é que certos monstros possuem resistência à determinadas armas, ao passo que podem ser fracos para outras. Alguns deles são fracos até para dinheiro! Se você os pagar, eles se unem a sua causa. Além disso, há armas comuns que aparecem em qualquer fase e há uma arma especial, que muda conforme o cenário. Na prática, você acabará usando a sua espada na maior parte do tempo e guardará os itens para os chefes (ou Demônios-Chefe, como chama o jogo) e para os momentos de aperto.

Os mapas procuram variar, mas não dão conta do jogo todo, que é meio longo. O resultado disso é uma repetição deles, embora a construção, a dificuldade e a extensão mudem. O tipo de cenário determinará o chefão que aparecerá para você. Apenas depois de derrotar todos (normalmente é mais de um) a porta se abrirá e você poderá passar para a fase seguinte.

A falta de variedade nos cenários e a impossibilidade de salvar, torna o jogo um pouco cansativo, ainda mais levando em consideração o nível de dificuldade proporcionado. Você começa com apenas 2 vidas e a única forma de ganhar outra é vencendo um chefão chamado Ranbaike, que, além de não aparecer sempre, não é nada fácil de ser derrotado. Mas espere, tem uma outra opção. Existe um poço dos desejos que recupera todo o life do seu personagem se você der dinheiro. Só tem 3 problemas aí: eles não estão presentes em todas as fases; às vezes estão ocultos; e, mesmo que o mapa tenha e você os ache, não é possível ficar usando sempre que quiser. Tranqüilo, não é? Por outro lado, se você passar por todas as dificuldades, vai se deparar com um final bem... frustrante! Muito longe daquilo que você esperava.

Outro problema do jogo é a jogabilidade, que não é tão boa assim. O seu personagem pode se locomover livremente, contudo, só pode se direcionar para os quatro cantos: cima, baixo, esquerda e direita. Lembra um pouco Zelda, mas é bem pior porque o alcance da sua espada é bastante limitado e a movimentação do boneco é meio lenta, você meio que tem que antever a jogada do seu adversário para se esquivar e dar um golpe. Jogar com Rapid Fire é aconselhável no uso da espada.

Em relação aos gráficos, eles ficam no meio termo. O cenário da floresta é bem tosco, as árvores nem parecem com árvores direito, você não sente que está dentro de uma floresta. Como é a primeira fase, o game acaba não deixando uma boa primeira impressão, no entanto, se você der uma chance ao jogo, vai passar por cenários bem melhores. Não que eles sejam uma maravilha, mas certamente foram melhor trabalhados. Os inimigos, bem como os chefes, foram feitos da forma adequada para o sistema.

Quanto aos sons, faltou variedade. As músicas são até legais, mas elas mudam apenas com os cenários, sendo assim, você tem a sua disposição umas 6 músicas apenas. Para um jogo extenso como este, é muito pouco. Os sons sfx nem são tão bons também por serem repetitivos. Pior os inimigos, que nem som fazem (salvo raras exceções).

Enfim, o jogo é bem legal. Vale uma conferida pela quantidade de fases e pelo desafio. Ademais, o game trouxe alguns recursos não muito comuns em jogos de aventura da época, como a variedade de armas e a possibilidade de suborno dos inimigos. Isso tudo traz uma diversão a mais ao jogador e compensa os erros cometidos na sua feitura.



Na entrada aparecem os inimigos que podem ser “comprados”.
Cada um tem seu “preço”.









A vantagem de ter um aliado é que ele usa os itens junto com você e o gasto continua sendo de 1. Bom para abrir caminho pela floresta usando fogo.









Cuidado ao atravessar o rio, ele vai sugando o seu life.










Alguns cactos são agressivos no mapa do deserto, e eles não podem ser destruídos.










Mapa das Ruínas. Eu acho que isso era para ser fogo, hehe.










O Poço dos Desejos. A única forma de recuperar life no jogo.










O Homem de Água é o chefão do pântano. Ele varia as posições, o que dificulta bastante acertá-lo.









No início mostra quantos chefes a fase tem. Vencer 5 sem perder life é dureza. Contudo, o Ranbaike (o de baixo) fornece uma vida se vencido.





Nota Final: 7,0
Gráfico: 7,0
Som: 6,5
Jogabilidade: 6,0
Diversão: 8,0
Replay: 6,0

Pontos positivos:
+ Bom nível de dificuldade e de extensão.
+ Variedade de armas e inimigos.

Pontos negativos:
- Final tosco.
- Jogabilidade não muito boa.
- Impossibilidade de salvar (embora fosse comum na época).


* Curiosidade: notem a diferença entre a capa da versão japonesa para a americana (à direita)


2 comentários:

Cpt.Guapo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cpt.Guapo disse...

Lembro de ver uma resenha curta desse jogo em alguma das minhas revistas antigas.
Logo que saiu os primeiros emuladores de Master, tentei avançar no jogo mas logo fiquei puto com os controles, como você falou, mas agora até que deu vontade de jogar de novo... :P

E como sempre, as capas da Nação-que-Tem-Medo-de-Tudo são uma porcaria...Vou te contar, viu...
As nipônicas SEMPRE são melhores!